Saturday, February 25, 2006

Tudo

Achei melhor aproveitar o estado actual das coisas para falar de mais algumas...situações. Sem querer me repetir, porque eu odeio isso e o meu vasto auditório também, vou falar de tudo e vou falar de coisa nenhuma.

Ok, se calhar estou a repetir-me.

Não vou falar de mim, vou falar de tudo e de nada. Na esperança de não me incluir lá.

Temos de um lado a vida real, tudo o que vemos e sentimos. Tudo aquilo ao qual não podemos fugir (não querendo dizer que se queira fugir, apenas não podemos se o quizermos) mas que está sempre presente.
Do outro temos o irreal, aquilo que pensamos ver mas não existe. Aquilo que corremos atrás e não está lá (não querendo criticar o facto de o fazer, apenas acontece por vezes)

Dois mundos opostos que andam lado a lado com um elo que os liga. Esse elo, bem ou mal, precisa dos dois. E sempre que tenta eliminar um deles, a sua vida ressente-se. Porque esta é feita de equilibrios. A questão é encontrar o equilibrio certo para cada qual. Uns lutam, outros meditam, mas todos procuram o equilibrio.

O equilibrio....

nada de errado com isso, pois não?

Rasga

Rasga de uma vez a carne, porque ela é fraca.

Rasga o passado, porque ele te faz rasgar o presente

Rasga-te a ti, porque me fazes rasgar a mim.

E a não gostar.

Monday, February 06, 2006

O Cego

Perguntas , perguntas, perguntas...
Procuram-me porque vejo, porque tenho respostas, mas as respostas não querem eles ouvir, deliciam-se com as perguntas.

Eu não vejo. Mas mesmo assim vejo mais que eles. Porque é que tenho de ser sempre eu a ensiná-los a ver?

Segurança todos procuram em relação ao futuro. E é engraçado o conforto que um cego dá...Este cego hipócrita.

O pior cego é aquele que não quer ver.

Tira a rede, ele está pronto. Não precisa de ver.

Sunday, February 05, 2006

Uns Segundos Antes...

Já passa um pouco da hora e cada vez estou mais impaciente. E uma ponta de nervosismo tenho que admitir. Ando de um lado para o outro, como se isso ajudasse a desmoer o nervosismo. Não ajuda. Mas não é grave, não sabendo porquê, não me preocupa o nervosismo que normalmente abomino. Até que... ali está ela. Toda ela transmite energia, uma energia pura. Forte. Mas ao mesmo tempo calma e serena. O sorriso dela, algo de mágico e misterioso. O não saber do porquê de ela sorrir, faz com que tivesse profunda e absoluta necessidade disso. Faz com que fique hipnotizado, mas sou obrigado a acordar para mergulhar nos olhos dela, que sorriem de uma maneira como eu nunca vi ninguém sorrir. Perdi-me e encontrei-me nos olhos dela, naquilo que sou e aquilo que tu és, na vida e morte. Saio do meu corpo e entro no teu, com a minha vida a passar-me diante dos olhos, flashes de imagens já esquecidas que me fazem ter um estranho sentimento de familiariade. Percorro anos, séculos. Tantas pessoas, tantos conhecidos, tantos amigos. Até que...está lá ela. Como sempre esteve, à minha espera, enquanto eu esperava por ela. Acordei, de novo no meu corpo. Por uns segundos eu senti algo superior a mim e a ela, algo que nunca senti. Abracei-a. Mais uma vez.

Friday, February 03, 2006

Resposta À Resposta Da Acção

Sei que provavelmente deveria meter nos comentários mas como tu não meteste...eu também não meto!! Em primeiro lugar, venham de lá essas opiniões. A menina Carmen está ausente depois de ter morto o pc, a outra pronto nem se deve falar dela porque não vale a pena e como temos mais uma nova adição, a esplendorosa e magnífica Luana.

E sim, foi muito importante o teu acrescento. Porque se queres que te diga e embora tivesse bem presente aquilo que estava a escrever, foi assim um pouco na atmosfera. Penso, tal como te disse na aventura aquática do Gerês, que estava cada vez mais em paz comigo mesmo e a fazer o que realmente sentia. O que estava a questionar era se realmente é o certo, porque à primeira vista pode não o ser. Mas de qualquer maneira penso que o é, não por racionalmente chegar lá depois de exaustivamente pensar, mas sim porque o sinto/sei que o é. Mas como disseste é difícil definir o certo e o errado dentro de uma pluridade de valores e ideiais.

O passado é passado. Não se pode mudar por muito que se queira. Não se pode viver esperançado em reviver o passado porque o que foi não volta a ser, por muito que isso nos custe.

Como conclusão ou como minha conclusão... Não se apaga nada. Apaga-se os efeitos que têem sobre as pessoas. Que lhes impedem de ser o que são e lhes deixam apenas com retalhos de sombras. Vira a página, segue em frente. O passado aconteceu, não se pode mudar, nem se quer se deve porque afinal nós somos resultado vivo desse passado, bom ou mau. Seguir em frente e lutar pelo o que queremos e pelo que merecemos (e nos merece a nós)

E o resto são ruídos/frequências muito agudas usadas para distrair do que realmente é importante...