Monday, December 29, 2008

Perdido Em Ti

O tempo passa tão depressa que não consigo tomar consciência dos dias, horas, meses, semanas.
As pessoas aparecem e desaparecem à minha volta, artes mágicas, ilusionismo. Todos procuram, precisam algo. Todos dão, tiram, tiram, dão. Sem querer intencionalmente, talvez. Pessoas, coisas. Sem parar, sempre andar. Corre, corre. Corre que vêm atrás de ti, corre atrás dos teus sonhos. Olha para a frente, não olhes para trás, não olhes para o lado. Não olhes para o espelho. Pessoas , coisas. Elas transformam-se nascem, vivem, morrem. Mudam. Sem parar, sempre a andar. Muda, mudam, muda, mudo.

Silêncio.

Tum tum.

Tum tum, tum tum.

O coração quebra o silêncio para lembrar que vivo. Quebra o silêncio para mostrar que vive, ele também.
Sem parar para pensar, sem parar para saborear. Não penses, sente. Não sintas, pensa. Não penses, não sintas. Não, não, não, não.

Onde estou eu?

(Corre, corre, corre. Corre corre sem parar. Corre!)

Tum tum, tum tum, tum tum.

Ritmo certo, a rotina necessária ao caos. Algo certo, certo, certo. A solução para poder sair deste labirinto, depois de tantas paredes e mais paredes. Perdido no caos e no caos o coração é a bússola que me guia ao único sítio onde sabe que se vai perder perdidamente.