A Fuga
Demasiadas vezes nos encontramos à espera. Como diriam os Xutos, "à espera que algo aconteça". E quando nos fartamos de estar à espera, ou perdemos a fé de que algo vai acontecer, metemos as mãos-à-obra, como se não houvesse amanhã. Como se fossemos uns loucos. No entanto e como muitas vezes antes, apenas caímos no erro de estarmos a correr do oito para o oitenta, normalmente instigados pela fé e pela falta dela. Pela coragem e pelo medo.
Vivemos num mundo de desequilíbrios, numa selva criada por poucos para dominar muitos e mesmo que não sintamos esse domínio directamente, acabamos por nos deixar dominar por eles, os desequilíbrios. Nada cai do céu, é certo, mas a agir apenas para não estarmos parados ou porque temos às nossas costas o peso daquilo que os outros ou a sociedade considera que é o correcto também não é solução.
A principal acção do desequilíbrio é não conseguirmos estarmos parados o tempo suficiente para vermos e sentirmos aquilo que realmente queremos. Qual o próximo passo a dar. Se não dermos nenhum, também é esse um passo. Se pararmos parar pensar, para ver, para sentir, também é uma acção. Uma acção na direcção de nos encontrarmos a nós próprios.
Muitas vezes aquilo que esperamos é que nos encontremos a nós próprios mas como é que o vamos fazer se não paramos de fugir?
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