Friday, October 26, 2007

Hope

The world is dark and the door is closed with a dry sound. nothing is left in the room but the smell of dust and loneliness. everything seems lost because the light is gone. and all you can do is embrace your knees and cry softly. But there is something you missed. a soft breeze that tenders your hair, a fragile light that covers your backs. In a mer de noms, despair always comes with his younger sister, hope. And may be a fools hope, that that door may open again one day, or the strength grows in us to get up and look back... there. There it is. in silence, the light of a open window waits for us to fly.

Da Ana para mim.

Sunday, October 21, 2007

Silêncio

Silêncio.
Apenas um leve murmúrio maquinal no ar mas que se funde com o próprio silêncio.
Silêncio tem vários significados e tomo-os todos como negativos. Música, música, música Algo que faça sentido ao silêncio absurdo e ao ruído ensurdecedor daquilo que me rodeia. Alimento para os meus pensamentos, combustível para a minha imaginação. Combustível para voar.

Vamos voar?

Vamos enquanto podemos, vamos enquanto queremos. Não fiques cá, não te entregues ao silêncio. Não fiques cá.
Vem comigo...por favor. Não me deixes só...
Com o silêncio.

A música acaba e eu caio. Com o silêncio.
Há quem precise de momentos de silêncio, momentos de repouso de reflexão. Eu não quero repousar, não quero reflectir. Eu não quero o silêncio. Não há conformidade de aceitar o espelho que me mostra a realidade cruel da vida sem música. Até o barulho sem sentido e inumano é melhor que o silêncio. Dêem-me máquinas a uivar, motores a gritar. Qualquer ruído. Que dele faço música. Interminável música. Notas que se sucedem aparentemente de maneira caótica. Mas tudo faz sentido quando não há silêncio. Quando não há dor, quando não há silêncio.

Não.

Mas o cansaço vence e as energias esgotam-se e o silêncio sempre há espreita, oportuno, surge e instala-se. Quando não queremos mas já não temos forças para o impedir. Talvez estejamos cansados demais para sentir, talvez estejamos cegos demais para ouvir. A bola a bater nas redes de ferro. As crianças a correr. Os carros a passar. Talvez pensamos que o silêncio seja inimigo incansável e que irá sempre acabar por nos vencer, algo que não nos podemos fugir. Não eternamente. E dos pequenos barulhos que ouvimos o silêncio é quebrado e descrentes dizemos a nós próprios:

São barulhos sem sentido, não passam disso.

E uma porta bate. Outro carro passa, as árvores soltam as suas folhas. Um pássaro canta. Tudo se torna confuso, como pode ser o não silêncio tão caótico, como pode ser a ausência de dor tão vazia. E mais barulhos chegam aos ouvidos, ritmadamente. Distinguem-se uma nota. Duas. E uma melodia desafinada começa a repetir-se de uma estranha forma. A dor do silêncio vai ficando adormecida. Esquecida. Como se nunca tivesse existido.

E de repente...

Tudo faz sentido.

Thursday, October 18, 2007

Maratonas

Reflexos em sonhos de realidades por acontecer
Desejar, desejar, desejar
E teimar em desejar
O que não se tem
E por vezes o que não se quer ter

Maratonas num minúsculo espaço claustrofóbico
Querer, querer, querer
E sofrer por querer
Aquilo que dizem ser impossível
E só faz com que seja mais apetecível

Acordar sem nunca ter adormecido
Sem descanso, sem paz
Sem saber nem querer saber porquê
Porquê?
Apenas mais um dia

E entre sorrisos falsos e conversas forçadas
O cansaço desagua outra vez em maratonas
Em espaços minúsculos
Em reflexos de realidades desejadas
O desejar e o querer

Continuar a dormir sem nunca ter despertado