Cadeira
E a porta abre-se lentamente... sem fazer nenhum som. Tudo está quieto, silencioso. Abafado. Ele senta-se na sua cadeira. A cadeira de sempre. Esta era a sua casa, antes de ele largar tudo para trás. E num piscar de olhos, ele volta atrás.
"Ano fantástico..."
Quantas vezes ele riu e chorou, nesse ano fantástico. Tanta força, forças para abrir os céus em dois e fazer sofrer a terra para o engolir. O sibilar. O sibilar está sempre presente. Diz-lhe mentiras ao ouvido e ele é tentado a acreditar nelas outra vez. Ele quer acreditar.
O seu corpo todo estremece na cadeira, pelo veneno que é injectado no seu corpo. Ele quer mexer-se mas está paralisado. Todas as emoções, toda a dor do passado é injectado no seu corpo e corre pelas suas veias. E o sibilar enoja-o. Está farto das suas mentiras. A sua mente percorre milhentas imagens, milhentas palavras, milhentas emoções, simultaneamente.
O ar falta-lhe como no passado.
Ele abre os olhos. Limpa as lágrimas. Olha em redor da sua velha casa. Levanta-se da cadeira e fecha a porta. Sem fazer ruído.
"... decido deixar os mortos em paz porque eles não podem fazer mal aos vivos..."
"Ano fantástico..."
Quantas vezes ele riu e chorou, nesse ano fantástico. Tanta força, forças para abrir os céus em dois e fazer sofrer a terra para o engolir. O sibilar. O sibilar está sempre presente. Diz-lhe mentiras ao ouvido e ele é tentado a acreditar nelas outra vez. Ele quer acreditar.
O seu corpo todo estremece na cadeira, pelo veneno que é injectado no seu corpo. Ele quer mexer-se mas está paralisado. Todas as emoções, toda a dor do passado é injectado no seu corpo e corre pelas suas veias. E o sibilar enoja-o. Está farto das suas mentiras. A sua mente percorre milhentas imagens, milhentas palavras, milhentas emoções, simultaneamente.
O ar falta-lhe como no passado.
Ele abre os olhos. Limpa as lágrimas. Olha em redor da sua velha casa. Levanta-se da cadeira e fecha a porta. Sem fazer ruído.
"... decido deixar os mortos em paz porque eles não podem fazer mal aos vivos..."