Bem Vindos
Bem vindos.
Não sei a quê, a quem, nem aonde. Mas bem vindos.
Sempre perdido, nunca sei aonde estou ou quem estou, estando normalmente sozinho. Acompanhado por uma multidão mas sempre sozinho. Irónico, não?
O meu ser é como uma tenda gigante de um circo. Juntem-se todos para ver a sua principal atracção. Dor, loucura, alegria, tristeza, destruição e patéticas tentativas de reconstrução. Bem vindos. Como diria o velho Jim, estão todos cá dentro? Há espaço para todos. Entrem! Não se vão arrepender de o ter feito. Venham ver a aberração, venham bater palmas ao seu espectáculo, venham rir com as suas desgraças. Não se vão arrepender. Por vezes é cansativo, levar este espectáculo dia e noite, sempre as mesmas expressões, sempre as mesmas deixas, sempre o mesmo palhaço. Mas o público não se pode aperceber disso. Temos que levar o espectáculo até ao dia em que sejamos vencidos, até o dia em que a tenda vazia caia sobre nós. Temos que continuar, meter a velha maquilhagem, trabalhar o melhor sorriso e continuar. Não ouvem os aplausos...? Não...provavelmente devo ser apenas eu. Não interessa. Venham, venham. Sentem-se nos seus lugares e venham ver a aberração.
Prometo que não irão sair desiludidos.
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