Sunday, June 26, 2005

Dance

Tens que dançar até ao fim. Desvia daqui, desvia dali mas dança. Se caíres, levanta-te e dança. Doi-te as pernas, aqguenta, não sentes o corpo, azar, mas dança. Tens de dançar, até não conseguires respirar, até não conseguires ver, ouvir, sentir. Dança. Nada mais interessa e repara todos dançam, não vês? Podes dançar sozinho, podes ser um nojo a dançar mas não podes parar. Até que te matem, até que morras. Mas dança, não podes desistir até morrer, tens de dançar sem parar. Toda a gente á tua volta pode julgar a maneira como danças, podem dizer-te como deves dançar mas isso não importa. Não penses, SENTE! Não corras, DANÇA! Tudo o que nasce morre, tudo se transforma, mas nada finda. Toda a gente que nasce vai morrer. Mas é apenas mais uma razão para dançar, porque já se sabe que se vai morrer. Dança apesar de errares, é tua função, a tua missão, o teu trabalho. E quanto mais errares mais vais aprender, quanto mais chorares mais alegria vais sentir, porque vais dançar. Não podes fugir a isso, podes tentar mas ela vai atrás de ti, vai-te dizer para dançares. Vai-te gritar aos ouvidos: DANÇA, MERDA! Tens que dançar, não podes parar, por muito que doa, por muito que não queiras. Dança ou morre, não há mais nada no meio.



(substituir o verbo dançar por o verbo viver)

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