Saturday, September 15, 2007

Amor

Amor

do Lat. amore

s. m., viva afeição que nos impele para o objecto dos nossos desejos;
inclinação da alma e do coração;
objecto da nossa afeição;
paixão;
afecto;
inclinação exclusiva;
ant., graça, mercê.

A leveza da palavra e o peso da acção
Amar
Sem receios
Sem compaixões
Amar
Puramente
Sem controlo

O conflicto entre bem e mal
Homem e mulher
Desejo e sentimento
Carência e luxúria
Pensar e sentir
Dor
Plenitude

A busca eterna por um ideal que faz saltar os mais antagónicos sentidos do ser humano reúne-nos aqui neste local. Todos já amámos pelo menos um dia na nossa vida mas mesmo assim torna-se difícil definir o sentimento. Por isso, por vezes tememos nos repetir, vulgarizar um sentimento especial. Dizer demasiadas vezes e em vão o nome perdido de Deus e com isso sermos amaldiçoados por nossa leviandade. E muitas das vezes não o dizemos. As pessoas passam uma vida ao lado da nossa sem que lhes tenhamos dito: "amo-te". Não por palavras, mas por gestos. A única maneira de dizer algo e fazendo-o sentir também, não apenas uma palavra que se renega em raiva quando somos rejeitados ou que se enaltece por pensar que somos abençoados em relação ao resto da humanidade, por estarmos a viver o nosso dia de amor e por pensar tolamente que ele se perpetuará para sempre no reflexo daquela pessoa.

O ser humano escondeu segredos de si próprio pela incompreensão da dádiva que tem, pela facilidade que tem em que se esquecer do que já lhe foi ensinado. A busca pelo nome perdido é tão inútil como a procura do amor, da alma gémea. Pela procura de um ideal falso que se quer perpetuar. Não perceber que a sua lanterna não necessita de combustível para dar luz, que ela é por si só eterna. Que atrai a todos com a sua luz, que ela é um guia para todos, eternamente. E de esquecimento em esquecimento, a escuridão instala-se na mente, devido à confusão entre o que o seu coração sente e o que a sua mente raciocina. E inicia-se a busca. Por aquela pessoa, o messias que nos vai salvar de nós próprios, que nos vai amar porque nós não o conseguimos fazer. Não acreditamos... e precisamos de outra pessoa para nos fazer acreditar, precisamos de um sacerdote, de um deus, de algo a quem consideramos superior.
Alguém que nos diga:

Amo-te.

Sem piedade, sem tristeza, sem desejo.

No fundo procuramos todos pelo mesmo dia, o dia em que é suposto amar, sem nos apercebermos que vivemos para amarmos todos os dias.

1 Comments:

Blogger Clepsidras said...

Amén.
E sem religião. :)

12:13 PM  

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