Família
Ao falar com uma querida amiga minha sobre algo sem interesse como...não interessa! Estavamos a conversar e eu apercebi-me que durante a nossa conversa sobre o recente cansaço dela, sobre decisões que tem que ser tomadas e sobre o medo das suas consequências na nossa vida. Já falei aqui antes disto, de decisões e das suas consequências. Alguns aceitam, a maioria nem por isso e fogem das consequências. Mas desses também não interessa falar. O ser humano aglutina conhecimentos. No decorrer da sua vida passa por fases, transformações, pessoas vão e pessoas vêm. Muitas linhas eu já escrevi aonde estava e para aonde queria ir, mas não interessa. Essa é a questão é insignificante. Tenho uma habilidade para ver sempre só a lua no sistema solar. Mas não faz mal, vivendo e aprendendo. E qual foi a lição de hoje, meninos e meninas? Não interessa onde estamos, não interessa para aonde vamos, interessa quem vai connosco, quem quer ir connosco. E essa é a minha família. Era isso que disse à minha querida amiga. Que a adorava pelo o que ela é e por essa essência não mudar, por eu saber que não vai mudar. E se mudar vai ser porque mudei também. E depois de tantas coisas na nossa vida, de tantas mudanças, de tantos altos e baixos, de tantas perdas e ganhos, a nossa essência continua lá. Nós evoluímos mas somos os mesmos. Cada um à sua maneira, com diferentes problemas e personalidades mas ambos ultrupassámos isso, ambos os estamos a ultrupassar, à nossa maneira. E tenho orgulho de mim mesmo, por ter na minha família uma quantidade enorme de pessoas assim, pessoas que estão longe, de quem quero estar constantemente mas que estão sempre presentes. É um orgulho sentir que apesar de estarmos dispersos pelo espaço estamos junto pelo afecto. A família é enorme e está a crescer. E eu pergunto-me, porquê? E a resposta é "Não interessa". Coimbra, Setúbal, Gouveia, Olivais, Maia, Telheiras, Azambuja, Vilar do Paraíso, Alenquer, Aldeia do Meco, Barreiro, Cartaxo, Madeira, Leiria, Pinhal Novo, Vala do Carregado, etc, etc, etc. Todos espalhados, mas todos juntos por algo que os une. E o engraçado é que a maior parte deles não se conhecem uns aos outros. Mas todos estão lá. E sentem-se bem e eu sinto-me bem. Irmãos e irmãs. Por vezes somos pais, por vezes somos filhos mas a irmandade perdura. E vai perdurar, como tudo na vida, porque é verdadeira. É um sol que brilha e que vai continuar a brilhar. Porque tal como esta minha querida amiga, não há adjectivos para descrever esta família. Ela apenas é e vai continuar a ser. Tal como eu sou...e vou continuar a ser.
Aos meus irmãos e irmãs...
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